Tenho um bocado de material em casa: livros, artigos, matérias de revistas, entrevistas, etc.. São coisas que a gente vai juntando aqui e acolá, recebe de alguém, acha na internet, compra.
Então, vou usar este espaço para continuar garimpando nesse acervo. Não é nada de mais, mas pode ser útil para alguém.
Hoje escolhi falar de dois livros do pesquisador da capoeira Frede Abreu: "O Barracão do mestre Waldemar" e "Capoeiras: Bahia, século XIX". O primeiro é mais antigo, de 2003. Eu já tinha visto e até folheado um exemplar de um amigo meu, o Swai, mas só tempos depois vim a comprar. Comprei da mão do Mestre Lua Rasta, aqui mesmo em Brasília. Aliás, o mestre trouxe uma verdadeira quitanda da capoeira pra cá, com atabaques, berimbaus, livros, dvds, cds e mais.

Este Barracão é uma obra de fôlego. Bem pesquisado, escrito e ilustrado, é presença obrigatória em qualquer biblioteca sobre capoeira. O livro é um passeio pelas estórias da nata da capoeiragem baiana na primeira metade do séc. XX: além do próprio Waldemar da Liberdade, figuras como Nagé, Traíra, Caiçara, Maré, Cabelo Bom, Bimba, Noronha, Pastinha e Canjiquinha. Tem cada história de prender a gente na leitura. É começar e não querer mais parar. Uma verdadeira aula.
O segundo livro, Capoeiras, encomendei diretamente com o Frede, que me mandou o exemplar lá de Salvador. Esse, de 2005, veio para ajudar a preencher uma lacuna na historiografia sobre a capoeiragem baiana. Fruto de uma pesquisa invejável, esse trabalho esclarece muita coisa do período e, onde não é possível encontrar evidências, lança hipóteses convincentes. Imperdível.

É claro que elogiar o trabalho do Frede é chover no molhado. Todos conhecem sua competência. Ainda assim, queria compartilhar esses pensamentos com vocês.